Atualmente, o uso de smartphones é uma prática comum no dia a dia das pessoas, e com o acesso a internet cada vez mais fácil, tanto adultos como crianças, nunca estiveram tão conectados como agora. Porém, a exposição precoce e o uso excessivo na infância, podem acabar prejudicando o desenvolvimento cognitivo e social de crianças, e trazendo consequências sérias para a vida adulta.
Segundo estudo realizado por cientistas da Universidade Harvard, e da Universidade Federal do Ceará, cerca de 70% de 3000 crianças cearenses acompanhadas desde o nascimento, tiveram exposição a telas acima do normal. Esse número aumenta quando as crianças chegam aos 4 e 5 anos de idade, batendo 85%. O estudo também informa que esses dados estão relacionados negativamente a comunicação, resolução de problemas e ao desenvolvimento pessoal-social das crianças.
Além disso, para a Associação Americana do Coração(AHA), a obesidade é outro problema que surge a partir do aumento do tempo de tela por crianças e adolescentes,conforme estudo realizado em 2018. Os pesquisadores afirmam que, em média, crianças com idade escolar gastam oito horas diárias em atividades envolvendo aparelhos digitais, e para o estudo, estes dados estão associados com atividades sedentárias, que passam a ser mais comuns conforme o hábito de passar muito tempo em frente às telas aumenta.
Outros problemas gerados por esses aparelhos, estão relacionados à saúde mental da criança ou adolescente. Com o acesso a internet mais fácil, a atenção com os conteúdos inapropriados para os jovens deve ser aumentada, declararam pediatras da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Entre esses problemas estão o cyberbullying, em que a exposição indevida em redes sociais geram repercussões emocionais e psicológicas na infância e adolescência.
Pediatras da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomendam que os pais e tutores devem limitar o tempo de acesso a celulares e outros dispositivos, conforme a faixa etária. Estes acessos devem ser intercalados com outras atividades, como exercícios físicos e convívio social com outras crianças.
“A primeira intervenção é se desconectar aos poucos. De nada adianta castigar ou tirar o celular da criança ou do adolescente de forma brusca e definitiva. E, claro, esse ato de se desconectar da internet precisa envolver todos os integrantes da família, não apenas os jovens”, destaca a pediatra Evelyn Eisenstein.
Entretanto, a tecnologia não pode ser dispensada, seu uso pode ser usado de maneiras positivas, porém de forma moderada, sem excessos, principalmente para com crianças em seu desenvolvimento inicial. É fato que cada vez mais as crianças vão se tornar mais conectadas, mas esse hábito precisa ser adequado para formais saudáveis que não comprometam suas infâncias.
Uma forma muito criativa de estimular o desenvolvimento das crianças fora das telas de seus celulares é como o projeto da “Dá pra Recriar” faz. O projeto ensina adultos e crianças a transformar brinquedos estragados e quebrados em brinquedos totalmente novos, de forma muito didática que proporciona uma experiência de aprendizagem inovadora. Conheça mais sobre esse projeto: @daprarecriar
Autor: Leonardo Hitner Furmann
Referências:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-60853962
http://centroamadesenvolvimento.com.br/os-riscos-do-uso-de-celular-na-infancia/